Avaliação pública do Legislativo piora e especialistas apontam que a proximidade com a prefeita Adriane Lopes tem contaminado a imagem dos vereadores.
A imagem da Câmara Municipal de Campo Grande vive um momento de forte desgaste. Pesquisas recentes de opinião mostram aumento expressivo na rejeição da Casa e queda na confiança da população quanto à atuação dos vereadores.
Em entrevista a uma emissora da capital, analistas políticos avaliaram que a principal causa desse cenário é a falta de independência entre os poderes. O Legislativo, segundo eles, tem se mostrado demasiadamente alinhado ao Executivo — o que acaba refletindo o desgaste da própria prefeita Adriane Lopes sobre os parlamentares.
O presidente da Câmara, Epaminondas Neto (Papy), é um dos que mais sentiram o impacto dessa percepção pública. Antes entre os vereadores mais bem avaliados, ele perdeu posições nas sondagens e viu sua imagem ser diretamente associada à gestão municipal, hoje com altos índices de reprovação.
Nos bastidores, cresce o alerta entre os vereadores. Projetos considerados de interesse da sociedade, como o que previa transparência integral nas folhas de pagamento de servidores comissionados, foram rejeitados pela base governista.
Já vetos da prefeita a propostas aprovadas pelo Legislativo continuam sendo mantidos com facilidade, o que reforça o sentimento de submissão política.
Especialistas apontam que, se quiser recuperar credibilidade, a Câmara precisará adotar uma postura mais firme e independente. “O eleitor quer ver fiscalização, posicionamento e coragem para divergir quando for preciso. O Legislativo não pode se confundir com o Executivo”, avaliou um consultor ouvido pela reportagem.
Com o avanço do calendário político e a aproximação das eleições de 2026, o desafio da Câmara é claro: reconstruir a confiança pública e se afastar da imagem negativa da atual gestão municipal.
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