Sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central se consolida como pilar da economia brasileira, enquanto enfrenta desconfiança internacional

O Pix mostrou, mais uma vez, porque virou parte essencial da vida dos brasileiros. Na última sexta-feira (5), o sistema de transferências instantâneas bateu recorde histórico: 290 milhões de transações em apenas 24 horas, movimentando nada menos que R$ 164,8 bilhões.

Esse feito veio poucas semanas após outro recorde, registrado em junho, quando foram contabilizadas 276,7 milhões de operações em um único dia. O ritmo de crescimento impressiona e mostra que a plataforma criada em 2020 pelo Banco Central já não é apenas uma ferramenta de pagamento: é infraestrutura nacional.

O próprio Banco Central reconheceu o papel estratégico do Pix. Em nota, a instituição destacou que o desempenho “é mais uma demonstração da importância do Pix como infraestrutura digital pública, fundamental para o funcionamento da economia nacional”.

Pix incomoda gigantes internacionais
O sucesso, no entanto, não passa despercebido. Nos Estados Unidos, o sistema entrou no radar de uma investigação lançada em julho, sob a alegação de práticas comerciais “discriminatórias”. O pano de fundo é claro: o Pix ganhou força em cima de bandeiras tradicionais como Visa e Mastercard, mexendo em interesses bilionários.

É a prova de que o Brasil conseguiu construir um modelo que não apenas democratizou o acesso aos pagamentos digitais, como também virou referência mundial. Em meio às pressões externas, o Pix segue batendo recordes atrás de recordes, provando que a inovação financeira nacional tem fôlego para incomodar gigantes.