Entrevista com o ex-ministro Carlos Marun no programa

por | jul 24, 2025 | Destaques, Entrevista, informes, Justiça, NOTÍCIAS

O programa “A Banca”, da Rede Top FM, entrevistou, nesta quinta-feira (24), o ex-deputado federal e ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun, que falou sobre a situação política nacional e da situação atual do MDB em Mato Grosso do Sul. Ele também defendeu que o partido tenha candidato ao Senado, reforçando que a legenda vai caminhar junto no projeto de reeleição do governador Eduardo Riedel (PSDB) em 2026.

Logo no início do bate-papo com a equipe do programa, Marun reforçou que a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), devem enfrentar problemas, caso sejam candidatas no próximo ano. “A ministra Simone e a senadora Soraya terão uma certa dificuldade se quiserem cargo eletivo. Por que eu quero dizer isso? As duas não têm popularidade tão positiva no estado de origem. Olha, nós temos aqui uma questão que é o fato do viés bolsonarista do eleitorado e, como tanto a Simone, quanto a Soraya, a Simone com mais projeção, se colocaram disputando contra o Bolsonaro. Eu entendo que isso criou uma situação de dificuldade na disputa por cargos majoritários”, analisou.

No entanto, conforme ele, dizer que elas não têm espaço para que permaneçam na política seria um exagero. “Aqui em Mato Grosso do Sul eu acredito que o bolsonarismo, com esse convencimento que o Eduardo Bolsonaro fez em relação a essas tarifas absurdas dos Estados Unidos sobre o Brasil, perdeu muito e até ressuscitou o presidente Lula (PT). Eu trabalho também com consultoria política e, sinceramente, as minhas avaliações é que o Lula estava fora do jogo, mas, agora, voltou para o jogo”, projetou.

Marun explicou que, como o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) agiu como porta-voz da direita brasileira e como porta-voz do pai dele, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conseguiu influenciar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para anunciar sobretaxa contra o Brasil.

“Hoje, vejo o bolsonarismo tentando diminuir o Eduardo como forma de se afastar desse tiro que deu no seu próprio pé. Então, é uma situação dificílima a que o bolsonarismo vive, mas aqui em Mato Grosso do Sul, pelo que eu converso ainda com alguns amigos, parece que ainda existe aquela questão de que o homem é o homem”, revelou.

MDB estadual

Sobre o MDB de Mato Grosso do Sul, o ex-ministro lembrou que o partido mantém o acordo com o governador Riedel para sua reeleição. “Eu entendo que nesse pacote veio também um apoio ao ex-governador Reinaldo Azambuja para sua candidatura ao Senado. Então, em termos majoritários, resta ao MDB disputar o Senado e acho que deveria disputar. Tipo que não entra em campo, não ganha jogo”, declarou.

O ex-deputado federal pontuou que é difícil, pois o MDB está realmente bastante diminuído em relação ao que já foi no Estado, mas, mesmo assim, pensa a sigla deveria ter um tempo de majoritária para discutir as suas teses. “Foi o erro na eleição passada o ex-governador André Puccinelli não querer que o partido lançasse um senador, pois ele poderia ter sido utilizado para a defesa dos princípios do MDB e, inclusive, para apoio a candidatura do próprio André a governador”, explicou.

Para ele, quando o marketing decidiu que o MDB não deveria lançar candidato ao Senado, o partido abriu mão de um tempo e foi surpreendido no fim por aquela virada que tirou a legenda até do segundo turno das eleições de 2022. “Mas eu penso que está em tempo e que o MDB deve apresentar um nome para o Senado nas próximas eleições. Nós não temos um candidato ao Senado, nós temos nomes, como o do próprio Puccinelli, todavia, ontem (23) eu conversei com ele por telefone e o ex-governador está decidido a ficar mais perto de Campo Grande, empenhando-se em uma candidatura a deputado estadual”, informou.

Marun completou que outro bom nome para disputar uma das duas cadeiras ao Senado seria o do deputado estadual Junior Mochi. “O Junior Mochi pode ir para a disputa, quem sabe eu também me animo e posso ir para a disputa. Porque eleição você só ganha se você se apresenta e nem sempre uma derrota em uma eleição é uma derrota política. Veja bem, eu e a senadora Tereza Cristina (PP) fizemos uma candidatura ao governo em 2002. A Tereza foi minha vice, claro que fizemos só 5% dos votos, mas olha o futuro que se desenhou tanto para mim, quanto para a Tereza, avançamos e muito na política”, exemplificou.

Assista a entrevista completa pelo link:

Diretor da Rede Top FM, Tony Ueno, Equipe do programa “A Banca” Joel Silva, Karine Cortez, Edir Viegas e o o ex-deputado federal e ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun,

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