Arquiteto Luís Eduardo Costa defende arborização urbana como política pública essencial para saúde e resiliência das cidades

por | out 21, 2025 | Destaques, informes, meio ambiente, NOTÍCIAS | 0 Comentários

Em sintonia com as discussões globais da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), o arquiteto e urbanista Luís Eduardo Costa tem reforçado a importância de incorporar a arborização urbana como uma política pública estruturante nas cidades brasileiras.

Segundo ele, o compromisso ético, técnico e político dos arquitetos e urbanistas deve ir além do desenho estético das cidades: é uma responsabilidade direta com o futuro da humanidade, o meio ambiente e a saúde coletiva. “Num mundo em que mais da metade da população vive em áreas urbanas — e, no Brasil, esse número ultrapassa 85% —, a forma como planejamos e ocupamos o território define o equilíbrio ambiental e a qualidade de vida das pessoas”, destaca.

Luís Eduardo, que já presidiu o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso do Sul (CAU/MS) e foi secretário municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana de Campo Grande, defende que a infraestrutura verde, com destaque para as árvores urbanas, deve ser tratada com o mesmo grau de prioridade que saneamento, transporte público e habitação.

“A arborização não é apenas um elemento de paisagem. É um ativo de saúde pública. As árvores reduzem a temperatura, filtram poluentes, favorecem a saúde mental e aumentam a resiliência das cidades diante das mudanças climáticas”, explica o arquiteto.

Entre as propostas defendidas por ele estão a implantação de Planos Municipais de Arborização Urbana, o uso de indicadores de cobertura vegetal por habitante e a integração entre planejamento urbano e saúde pública. Ele também cita como referência internacional a regra “3-30-300”: cada pessoa deve ver três árvores de casa, viver em um bairro com ao menos 30% de cobertura verde e estar a menos de 300 metros de um espaço arborizado.

Para o arquiteto, arborizar é um ato político e civilizatório. “As cidades precisam ser planejadas para o bem-estar e não apenas para o tráfego de veículos ou o lucro imobiliário. Cuidar das árvores é cuidar das pessoas”, afirma.

A mensagem vem em momento estratégico: a COP30, que será realizada em 2025 em Belém (PA), coloca o Brasil no centro do debate climático global e reforça o papel das cidades na mitigação dos efeitos da crise ambiental. Luís Eduardo destaca que a arquitetura brasileira pode e deve oferecer soluções críticas e propositivas para enfrentar esse desafio, unindo técnica, sensibilidade e compromisso social.

Perfil:

Luís Eduardo Costa é arquiteto e urbanista com vasta experiência em gestão pública e desenvolvimento urbano e ambiental. Em sua trajetória profissional, atuou como secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano em Campo Grande/MS, período em que a cidade obteve reconhecimento internacional pela Arbor Day Foundation e FAO ONU na excelência da gestão em arborização urbana e florestas urbanas. Além de sua significativa atuação governamental, foi professor universitário, presidiu o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso do Sul (CAU/MS) e é autor de diversos projetos arquitetônicos e urbanísticos de relevância no estado.

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