Ministro da Saúde anuncia mamografia a partir dos 40 anos
O Ministério da Saúde anunciou nesta semana a redução da idade mínima para a realização da mamografia pelo SUS, passando de 50 para 40 anos, independentemente de histórico familiar ou fatores de risco. A medida, defendida por entidades médicas como a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) e a Febrasgo, amplia o rastreamento da doença e representa um avanço na luta contra o câncer de mama no país.
Em Campo Grande, o vereador e médico mastologista Dr. Victor Rocha comemorou a decisão. Ele vem defendendo há anos a necessidade de ampliar o acesso ao exame para mulheres mais jovens, embasado em dados do Projeto Casa Rosa, referência nacional no diagnóstico precoce e tratamento da doença.
Dados da realidade local – Em três anos e meio de atuação, a Casa Rosa já realizou mais de 12 mil atendimentos gratuitos e confirmou 221 casos de câncer de mama. Do total, cerca de 30% foram diagnosticados em mulheres abaixo dos 50 anos, justamente na faixa etária que agora passa a ser contemplada pela nova recomendação.
“Essa mudança é uma vitória da ciência e da luta de milhares de mulheres. No dia a dia da Casa Rosa, constatamos que muitas pacientes mais jovens estão sendo diagnosticadas com câncer de mama em estágios já avançados por falta de acesso à mamografia preventiva. Ampliar o rastreamento significa salvar vidas”, afirmou Dr. Victor Rocha.
Evidências científicas – Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 40% dos casos de câncer de mama no Brasil ocorrem antes dos 50 anos e 22% das mortes acontecem nessa faixa etária. Estudos internacionais também apontam que a realização da mamografia em mulheres de 40 a 49 anos pode reduzir em até 25% a mortalidade pela doença.
Para Dr. Victor Rocha, que já zerou filas de exames de mama pelo SUS em Campo Grande, o impacto da medida vai além da prevenção: “Não se trata apenas de custo, mas de salvar vidas. O diagnóstico precoce aumenta em até 95% as chances de cura e evita tratamentos mais agressivos e onerosos para o sistema de saúde”, destacou o vereador.
Contexto nacional – A decisão do Ministério da Saúde acontece após debates intensos sobre o tema. Recentemente, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) cogitou restringir a cobertura de mamografias nos planos de saúde para mulheres entre 50 e 69 anos, proposta que gerou forte resistência da comunidade médica.
Com a nova diretriz, o SUS passa a oferecer mamografia preventiva para mulheres a partir dos 40 anos e até os 74 anos, ampliando significativamente o alcance do rastreamento.
Foto Divulgação por : Assessoria de Imprensa
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