Evento celebrou integração cultural entre Brasil e Paraguai e reforçou o cinema como elo na fronteira.
Ponta Porã (MS) – O Festival de Cinema Um País Chamado Fronteira reuniu durante três dias artistas, gestores e cineastas de Brasil e Paraguai em Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, reforçando a cultura como elo de integração entre os dois países.
Realizado no anfiteatro da Prefeitura de Ponta Porã, o evento trouxe mostras, oficinas e homenagens a nomes históricos como David Cardoso, Germano Moura e Brígido Ibanhes, além de recordar personalidades paraguaias como Jesús Pérez e Ana Ivanova.
A secretária de Desenvolvimento Integrado, Raquel Lageano Quintino, definiu o Festival como “demonstração de resistência e da força do cinema como elemento de integração cultural na fronteira”. Para o gerente de Cultura, Éder Rubens da Silva, a iniciativa foi “um intercâmbio inédito entre produtores, gestores e cineastas dos dois países”.
O jornalista e escritor Bosco Martins ressaltou que o evento precisa se tornar permanente: “A fronteira é mais que um limite geográfico. É espaço de trocas, identidades e conflitos. O Festival precisa ser política pública para consolidar o cinema como expressão desse território dinâmico e complexo.”
Já a cineasta Marineti Pinheiro, uma das organizadoras, destacou o papel transformador da cultura: “Este país chamado fronteira tem um dinamismo cultural e comercial que precisa de iniciativas como esta para se fortalecer. Ver esse festival nascer é um sonho coletivo.”
Entre os destaques da programação estiveram a Mostra Festival do Minuto no IFMS, a tradicional Passarinhada no Parque dos Ervais, oficina de atuação com o ator paraguaio Celso Franco e a exibição de Cainguange – A Pontaria do Diabo, com homenagem a David Cardoso.
Organizado pela Prefeitura de Ponta Porã e Sonhares Filmes, o Festival contou com apoio de instituições culturais brasileiras e paraguaias, além de empresas locais. A expectativa é que a iniciativa seja institucionalizada como política pública, consolidando-se como espaço permanente de trocas culturais na fronteira.



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