Nesta quinta-feira (7), o programa “A Banca”, da Rede Top FM, que em Campo Grande pode ser sintonizada na 88,9 FM, entrevistou o governador em exercício José Carlos Barbosa (PSD), o “Barbosinha”, que falou do momento de dificuldade econômica pelo qual passa Mato Grosso do Sul e também a respeito da crise política brasileira.

“Passamos por um momento de dificuldade econômica em Mato Grosso do Sul e, obviamente, na gestão do governador Eduardo Riedel (PSDB) estamos trabalhando para que nós não tenhamos em Mato Grosso do Sul nenhuma interrupção de investimento, pagamento da folha salarial”, afirmou.

Barbosinha completou que a situação atual está associada também à crise política nacional, pois uma coisa atrapalha a outra. “Todas essas discussões impõem ao Estado dois caminhos, ou você aumenta os tributos, que normalmente é o que se faz em tempo de crise, penalizando as pessoas, ou você corta as despesas da máquina. E a opção tomada pelo governo estadual é exatamente no sentido de fazer com que a máquina possa ser enxugada no sentido de conter despesas e manter os investimentos sem prejuízo para o Estado”, explicou.

O governador em exercício acrescentou que as secretarias estaduais que têm os maiores gastos vão ter proporcionalmente o tratamento igualitário porque é um corte de 25%, mas obviamente que os maiores orçamentos terão os maiores cortes. “Na verdade, cada secretário já vem fazendo esse esforço no sentido de economia. O que o governador não quer é paralisar obras, principalmente aquelas que foram estabelecidas nos programas MS Ativo 1 e MS Ativo 2, e manter o pagamento dos salários dos servidores em dia”, assegurou.

Ele declarou que a máquina consome energia elétrica, água e combustíveis, itens que podem ser reduzidos. “Também temos reformas de prédios públicos que, por exemplo, podem ser suspensas e retomadas em um momento mais oportuno, bem como cortar o que não é essencial. Isso significa que todas as áreas terão de fazer esforço. Tem secretarias obviamente com volume de recursos menores, então, essas terão menos impacto, até porque se você tirar dinheiro daquela que tem um menor volume de recursos, você interrompe os serviços e esse não é o nosso desejo. Nós queremos fazer cortes sem prejudicar o andamento da máquina”, afirmou.

Saída do PT

Sobre o anúncio feito ontem (6) pelo presidente estadual do PT, deputado federal Vander Loubet, de que o partido pretende deixar o governo estadual, Barbosinha comentou que o governador Riedel sempre teve um diálogo muito bom com a legenda. “Nós temos um governo estadual do PSDB e nós temos um governo federal, cujo presidente é do PT, então, a relação institucional funciona muito bem. Essa decisão, obviamente, não pertence ao governador Riedel, pois a posição política dele é conhecida e ele nunca omitiu sua linha ideológica”, avisou.

De acordo com o governador em exercício, são dois aspectos diferentes, um aspecto político e outro administrativo. “No aspecto administrativo, no diálogo, isso continua de forma fraterna na construção, por exemplo, do trabalho da nossa bancada federal e a que eu quero enaltecer, pois ela é referência nacional no encaminhamento das emendas, não tivemos nenhum problema no Estado, obviamente o ano que vem nós teremos eleição, portanto, daqui para frente, é absolutamente natural que comece as acomodações partidárias”, analisou.

A respeito da saída do PT também da base aliada do governador Riedel na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, ele disse que os três deputados estaduais petistas sempre se comportaram com absoluta responsabilidade. “A gente tem que saber separar a questão política da questão do desenvolvimento e do trabalho no Estado. Quando a gente fala, por exemplo, nessa recuperação de Mato Grosso do Sul, o papel da Casa de Leis nas reformas foi proeminente e extremamente importante”, garantiu.

Barbosinha não acredita que eventual discussão política venha prejudicar o relacionamento do governador com os parlamentares do PT na Assembleia Legislativa. “O debate político vai acontecer naturalmente, quanto mais perto chegar o período eleitoral. Esse debate tende a ficar um pouco mais acentuado, mas a gente aprende a separar muito bem a questão política da questão administrativa. Eu acredito que os deputados estaduais, assim como os federais, todos saberão fazer essa grande diferença”, argumentou.

Assista a entrevista completa pelo link:

Por: Rede Top FM