Após pressão de empresários americanos, ex-presidente dos EUA exclui Embraer, laranja e aço das tarifas — mas tensão continua
O ex-presidente Donald Trump até tentou impor um tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, mas teve que pisar no freio. Após pressão de empresas dos dois lados da fronteira, ele recuou e retirou da lista produtos estratégicos como aviões da Embraer, suco de laranja e aço.
O alívio veio especialmente de setores americanos que dependem do Brasil para manter a produção competitiva. A indústria do agronegócio, por exemplo, foi uma das primeiras a chiar: temiam que o Brasil revidasse, taxando exportações de milho, soja e carnes — o que poderia causar um efeito cascata nos preços internos dos EUA.
Mesmo com o recuo parcial, o clima é de tensão no campo americano. “Foi um susto desnecessário. Trump acendeu o pavio e depois fingiu que não era com ele. A confiança dos exportadores ficou abalada”, disse um analista da Farm Bureau Federation.
Redutos conservadores como Iowa, Nebraska e Kansas — onde o agronegócio sustenta boa parte da economia — já começaram a questionar se o discurso nacionalista de Trump não está atropelando interesses econômicos históricos.
Na prática, o estrago político foi feito. O Brasil saiu fortalecido, conseguindo manter produtos-chave fora das tarifas, enquanto o agro americano passou a ver Trump como um risco, e não mais como um aliado automático.
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