PF busca interferência de lobistas e falta de transparência nas destinações de verbais, com suspensão de R$ 4,2 bilhões em emendas
A Polícia Federal (PF) dará início a um inquérito para apurar irregularidades no processo de liberação das emendas parlamentares, com foco principal no presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O inquérito também irá investigar líderes e lobistas suspeitos de manipular o orçamento, dificultando a transparência e a rastreabilidade das palavras.
Polícia Federal investiga manipulação de emendas parlamentares com foco em Arthur Lira
PF busca interferência de lobistas e falta de transparência nas destinações de verbais, com suspensão de R$ 4,2 bilhões em emendas
23/12/2024 às 10h57
Por: Tatiana Lemes
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A Polícia Federal (PF) dará início a um inquérito para apurar irregularidades no processo de liberação das emendas parlamentares, com foco principal no presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O inquérito também irá investigar líderes e lobistas suspeitos de manipular o orçamento, dificultando a transparência e a rastreabilidade das palavras.
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Entre as primeiras providências, estão os depoimentos de quatro parlamentares críticos à distribuição das emendas: Adriana Ventura (Novo-SP), José Rocha (União Brasil-BA), Glauber Braga (Psol-RJ) e o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) . Em entrevista à revista Piauí , Ventura revelou que, em sua comissão, os prazos de emendas vêm “de cima”, ou seja, diretamente da presidência da Casa, sem qualquer deliberação colegiada. Tal prática levanta sérias suspeitas sobre o controle e a manipulação dos recursos destinados a diferentes setores.
Além disso, a investigação deverá se concentrar na interferência alegada de lobistas na alocação de emendas. O senador Cleitinho Azevedo, que também se posicionou contra as práticas, sugeriu que os recursos podem ter sido desviados, em um esquema que atenta contra os princípios constitucionais de transparência.
O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Flávio Dino, determinou a abertura do inquérito após constatar que as críticas vieram de parlamentares de diferentes espectros ideológicos, o que reforça a gravidade das acusações. Dino classificou os fatos como uma violação grave das normas de governança, e determinou a suspensão imediata do pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão, além de exigir a implementação de medidas corretivas para garantir a dívida, transparência e rastreabilidade das emendas.
O Ministério da Economia poderá executar as emendas de 2025 após a conclusão dessas medidas corretivas. A investigação promete expor as falhas estruturais no sistema de alocação de recursos públicos e esclarecer os possíveis desvios verbais, em um cenário de pressão crescente sobre as instituições do Congresso.
por informações CNN
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