O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decretou nesta segunda-feira (4) a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, após constatar o descumprimento de medidas cautelares.
Bolsonaro, que já usava tornozeleira eletrônica, foi acusado de continuar se comunicando por meio de terceiros, especialmente pelas redes sociais, o que viola ordens expressas do STF. Segundo Moraes, a conduta do ex-presidente foi ‘deliberada e consciente’ para obstruir investigações, coagir autoridades e desrespeitar decisões judiciais.
Com a nova medida, Bolsonaro está proibido de receber visitas (exceto advogados), usar celulares, gravar vídeos, manter contato com embaixadas ou com outros investigados — incluindo seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro.
Caso haja nova violação, o ministro deixou claro que decretará prisão preventiva imediata.
A decisão vem em meio a uma escalada de tensão diplomática. Os Estados Unidos anunciaram sanções contra Moraes e impuseram tarifas de até 50% a exportações brasileiras, alegando perseguição política contra Bolsonaro. O governo brasileiro reagiu com firmeza e acusou os EUA de interferência indevida.
Bolsonaro já é réu no STF por tentativa de golpe e, se condenado, pode pegar até 43 anos de prisão. A decisão de Moraes é mais um capítulo do impasse político e jurídico que envolve o ex-presidente e coloca o Brasil sob os holofotes internacionais.
Enquanto isso, manifestantes bolsonaristas continuam realizando atos em frente a quartéis e tribunais, e aliados do ex-presidente pedem reação institucional do Congresso Nacional.
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