Durante entrevista ao programa A Banca desta sexta-feira (25), o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) e também líder da União Nacional da Pecuária, Guilherme Bumlai, reagiu com veemência às críticas de produtores norte-americanos que colocaram em dúvida a qualidade da carne brasileira.
Questionado pelo jornalista Joel Silva sobre a “conversa fiada” dos concorrentes dos EUA, Bumlai classificou as acusações como parte de uma “guerra comercial” e afirmou que o Brasil está unido para combater esse tipo de desinformação. “A União Europeia já veio com essa conversa fiada há um tempo atrás e agora essa associação dos pecuaristas dos Estados Unidos também”, disparou.

Segundo ele, ao defender o tarifácio sobre a carne brasileira, os norte-americanos levantaram suspeitas sobre questões sanitárias e ambientais do setor. “Isso é um completo absurdo”, afirmou, destacando que os casos de vaca louca citados por eles são do tipo atípico — sem relação com consumo de ração contaminada e sem risco para a cadeia produtiva.
“Os mesmos casos de vaca louca atípica que tivemos no Brasil em 2023, os Estados Unidos também teve. É um evento isolado, em animal mais velho, sem nenhum problema sanitário. E mesmo assim, eles tentam usar isso como argumento para barrar a nossa carne. Isso não existe”, rebateu o pecuarista.
Bumlai também rechaçou críticas ambientais e defendeu os avanços do agronegócio brasileiro em sustentabilidade. Para ele, o discurso norte-americano tenta apenas proteger o mercado interno deles com barreiras comerciais, ainda que sem respaldo técnico. “É guerra comercial pura”, concluiu.
Por Thaís Belinatti
Confira o trecho da entrevista no link abaixo:
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