Senadora sul-mato-grossense questionou contradições e ausência de provas em depoimento sobre contratos suspeitos no Instituto Nacional do Seguro Social.
Durante sessão da CPMI do INSS, a Soraya Thronicke (Podemos-MS) cobrou explicações do ex-diretor da autarquia, Alexandre Guimarães, e criticou a falta de clareza e de documentos comprobatórios apresentados à comissão. O depoimento, realizado nesta semana, faz parte das investigações sobre possíveis irregularidades em contratos e fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social.
Visivelmente insatisfeita com as respostas do ex-gestor, Soraia afirmou que o depoente chegou “desmuniciado de materialidade”, sem apresentar relatórios, prazos ou provas que justificassem os valores pagos e a execução de contratos questionados.
“O senhor deveria ter vindo municiado de documentos. O que foi apresentado não convence. São versões simuladas, frágeis, sem lastro. Cada real desviado do INSS é um direito negado a quem mais precisa”, criticou.
A parlamentar também questionou o conteúdo dos cursos e serviços prestados sob os contratos firmados.
“De repente o senhor virou um expert, um coach milionário, mas não apresentou quem foram os alunos, quantos acessos houve, nem quanto tempo durou o curso. Não há limite de prazo, nem comprovação de entrega. É inadmissível”, afirmou.
Soraia reforçou que o Brasil exige respostas claras e que os gestores públicos precisam prestar contas à sociedade sobre o uso do dinheiro público.
“Os aposentados e pensionistas merecem respeito. O país não tolera mais versões mal explicadas. Transparência é dever, não favor”, concluiu a senadora.
O tom duro da fala da representante sul-mato-grossense ecoou entre os membros da comissão e reforçou o compromisso da CPMI do INSS em investigar irregularidades e responsabilizar eventuais envolvidos em desvios de recursos públicos.
Ex-diretor do INSS nega ter favorecido fraudes em sua gestão
Durante depoimento à CPMI do INSS, nesta segunda-feira (27), o ex-diretor de Governança do instituto, Alexandre Guimarães, negou ter recebido qualquer tipo de vantagem indevida para beneficiar entidades envolvidas nas fraudes relacionadas aos descontos em aposentadorias e pensões. O relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), afirmou que Guimarães deverá comprovar que não foi cooptado pelo suposto articulador do esquema, conhecido como “Careca do INSS”.





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