Primeira etapa do cessar-fogo prevê libertação de 20 israelenses e mais de 2 mil prisioneiros palestinos; presença de Donald Trump marca reaproximação diplomática dos EUA com o Oriente Médio.
Primeira rodada de libertações
O grupo Hamas libertou nesta segunda-feira (13) os primeiros sete reféns israelenses, após 738 dias em cativeiro na Faixa de Gaza. A entrega foi confirmada pela Cruz Vermelha Internacional, que acompanhou a operação sob forte escolta militar em território palestino.
Os reféns foram levados a uma base militar israelense para exames médicos e reencontro com suas famílias. Entre os libertados estão Gali Berman, Ziv Berman, Matan Angrest, Alon Ohel, Omri Miran, Eitan Mor e Guy Gilboa-Dalal, segundo informou o Ministério da Defesa de Israel.
“Cada vida resgatada representa uma vitória sobre o terror e um passo em direção à esperança”, declarou o porta-voz do governo israelense.

Trump chega a Tel Aviv
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a Tel Aviv no início da manhã desta segunda-feira para acompanhar os desdobramentos diplomáticos do acordo entre Israel e o Hamas. Sua presença reforça o papel de mediação americana nas negociações e busca consolidar o plano de paz conduzido em parceria com Egito e Catar.
Trump deve se reunir com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e com autoridades da Cruz Vermelha Internacional para discutir as próximas fases do acordo e o monitoramento da trégua.
“Estamos diante de um momento histórico. A libertação de reféns e a pausa nos ataques são um começo. A paz verdadeira exige coragem dos dois lados”, afirmou Trump em declaração à imprensa.
Mais libertações previstas
De acordo com o acordo firmado, o Hamas deverá libertar 20 reféns israelenses vivos em etapas ao longo da semana. Em contrapartida, Israel se comprometeu a libertar cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, além de permitir a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Autoridades israelenses confirmaram que outros 13 reféns devem ser libertados ainda hoje, em pontos diferentes do território palestino. Equipes médicas e diplomáticas permanecem mobilizadas para garantir a segurança do processo.
Repercussão e desafios
A libertação foi recebida com emoção em Tel Aviv, onde familiares aguardavam notícias há mais de dois anos. Apesar da trégua, especialistas alertam que o clima de instabilidade permanece e que qualquer incidente pode colocar o acordo em risco.
O episódio também marca o retorno simbólico dos EUA ao protagonismo diplomático no Oriente Médio, após anos de distanciamento de negociações diretas de paz.
“O cessar-fogo é uma ponte frágil, mas necessária. Agora o mundo observa se ela vai resistir”, avaliou o analista internacional Avi Cohen, em entrevista à emissora pública israelense Kan News.
Contexto e próximos passos
Desde os ataques de outubro de 2023, o conflito entre Israel e o Hamas já deixou mais de 35 mil mortos, a maioria civis. O novo acordo tenta abrir caminho para negociações permanentes de paz, com Egito, Catar e ONU atuando como garantes internacionais.
Nos próximos dias, deve ocorrer a segunda rodada de libertações, seguida pela troca de prisioneiros palestinos e pela ampliação do acesso humanitário a Gaza.
“A libertação é o primeiro passo. A paz será o verdadeiro desafio.”
CliqueNewsMS – Informação com independência e clareza.
0 comentários