Secretário afirmou no programa Papo Reto que Estado analisa alternativas para o futuro do futebol sul-mato-grossense e detalhou os desafios da reforma do Morenão
O secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, revelou durante entrevista ao programa “Papo Reto”, apresentado por Joel Silva, que o Governo do Estado estuda três frentes para fortalecer o futebol e modernizar a estrutura esportiva de Mato Grosso do Sul.
Segundo ele, o plano inclui revitalizar o Estádio Jacques da Luz, construir uma nova arena moderna e recuperar o Estádio Morenão, símbolo do esporte sul-mato-grossense.

“O que a gente precisa fazer agora é estabelecer qual vai primeiro. Vamos revitalizar o Jacques da Luz, criar condições para que ele tenha um campeonato razoável em 2026, vamos construir uma arena nova — Campo Grande merece — moderna, tecnológica, com acessibilidade, com conforto, e vamos recuperar o Morenão”, explicou.
Marcelo destacou que o Morenão continuará tendo espaço para grandes eventos, shows, feiras e partidas de futebol, mas ponderou que o estádio precisa ser repensado.
“Nós não precisamos de um estádio para 42 mil lugares. Se você olhar o Campeonato Carioca, tirando os clássicos, os jogos têm média de mil pessoas, 500, 700. Aqui não é diferente. O Morenão é um patrimônio histórico, mas não é uma arena moderna. O torcedor fica muito longe do campo, o conforto é limitado, é uma estrutura de concreto”, observou.
O secretário afirmou que o Governo do Estado conta com consultorias especializadas analisando os caminhos mais viáveis, tanto técnica quanto economicamente.
“Estamos estudando com uma consultoria muito capacitada todas essas possibilidades. Revitalizar e readequar o Jacques da Luz é uma das metas, como foi feito com o Red Bull Bragantino, que transformou um estádio antigo em uma arena moderna. Outra opção é construir uma arena nova, mas também não podemos virar as costas para o Morenão”, disse.
Marcelo Miranda também detalhou o histórico recente de tentativas de reforma do estádio universitário, que teve obras interrompidas e recursos devolvidos pela Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura).
“Conseguimos elevar o recurso de R$ 4 milhões para R$ 9 milhões e destinamos à Fapec. Houve dificuldades, porque o Morenão é um estádio enorme, de 50 anos. A Fapec reformou banheiros, mas não executou a segunda etapa e devolveu o dinheiro. O convênio foi encerrado e o estádio ficou parado novamente”, relatou.
Ele lembrou, ainda, que participou de diferentes fases da retomada do estádio desde 2015.
“Quando entramos, o Morenão estava fechado havia quatro anos. Conseguimos reabrir em 2017 com adequações mínimas. Foi algo incrível, um resgate histórico e emocional. Houve o retorno do Operário, uma fase boa pro futebol sul-mato-grossense. Tentamos várias vezes reabrir, inclusive com o convênio com a Fapec e a Universidade Federal. O Ministério Público, com o Dr. Luiz Eduardo, foi fundamental nesse processo”, destacou.
Segundo o secretário, o governador Eduardo Riedel e a equipe da GESU (Gestão de Empreendimentos da Sudeco) estão empenhados em encontrar a melhor solução para o futuro do Morenão e para o desenvolvimento esportivo do Estado.
“O governador está muito focado nisso. Já tivemos várias reuniões, e a equipe técnica está debruçada sobre o assunto. O importante é que Campo Grande tenha uma arena moderna e funcional, à altura do seu povo e do nosso futebol”, concluiu.
A entrevista completa com Marcelo Miranda está disponível nas redes do TopMídia News, que transmite o programa Papo Reto todas as segundas, quartas e sextas-feiras, às 7h da manhã, com apresentação do jornalista Joel Silva.
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